Livro Clássicos Japoneses Sobrenaturais - Capa Dura

Editora Darkside

Idioma Português

Autor: Richard Gordon Smith

Traduzido por Alexandre Boide

 

Clássicos Japoneses Sobrenaturais reúne 57 contos com temáticas variadas, que vão desde o sobrenatural — que aborda a interação de seres humanos com monstros, fantasmas, deuses, espíritos de elementos da natureza e animais —, passando por narrativas épicas de samurais e grandes figuras, culminando com o horror que deixou marcas profundas na sociedade japonesa.

Fruto da pesquisa sobre oralidade de Richard Gordon Smith, o naturalista britânico que enxergou a história por trás da paisagem, a obra foi publicada originalmente em 1908 na Inglaterra. Smith, que pisou o solo japonês pela primeira vez em 1898, chegou ao país com o objetivo de coletar amostras da fauna e flora para compor o acervo de história natural do British Museum. No entanto, as ricas lendas e relatos de caráter extraordinário o encantaram de imediato, levando-o a pesquisar e coletar histórias perturbadoras enquanto percorria o país para cumprir sua missão.

O Japão mantivera-se isolado do resto do mundo por mais de 200 anos, durante o xogunato Tokugawa, e havia reaberto seus portos para comércio exterior em 1858, apenas quarenta anos antes da chegada de Gordon Smith ao país. Durante o período de reclusão, o intercâmbio com outros países era bastante limitado, o que fez com que a arte e a cultura japonesa se desenvolvessem praticamente sem influência estrangeira.

Embora o país passasse por uma rápida modernização e a presença de estrangeiros se tornasse cada vez mais comum na época da chegada de Gordon Smith, muitas vezes ele foi o primeiro europeu a visitar certas regiões do arquipélago. Mas isso não o impedia de se comunicar com o povo. Contando com ajuda de intérpretes, ele obtinha os relatos das mais variadas fontes. Camponeses, pescadores, monges e crianças que encontrava em sua jornada compartilhavam com ele lendas regionais, testemunhos de acontecimentos misteriosos que se fundiram com o tempo e transformaram relatos reais, histórias de amor, tragédias familiares e toda a herança mística de seus antepassados em uma forma de realidade mágica cativante.

Sugawara Michizane e imperador Sutoku, retratados em dois dos contos, são personagens da vida real e figuram entre as “três maiores almas penadas” do Japão, que teriam morrido com tanto rancor e ódio no coração que diversos casos de desgraça e tragédias ocorridas depois de suas mortes são consideradas maldição de seus espíritos. Clássicos Japoneses Sobrenaturais apresenta ainda personalidades históricas como os samurais Akechi Mitsuhide e Saigo Takamori, os pintores Maruyama Okyo, Rosetsu e Tosa Mitsunobu e imperadores Engi e Toba.

Gordon Smith, que tinha o plano original de permanecer no país apenas por alguns meses, viveu ali a maior parte das duas décadas seguintes. A obra é uma compilação dos volumosos registros que ele havia feito em seu diário. Em alguns pontos, o autor britânico contesta a conduta de personagens que, do seu ponto de vista, tomam decisões muito radicais. Mas o mais evidente ao longo da obra é a sua admiração pela cultura e pelo senso de valor e honra do povo nipônico.

Um trabalho magistral — inspiração para mestres como Junji Ito, Murakami, Nagabe, Y¿ko Ogawa, Koji Suzuki, Shintaro Kago, Tsugumi Ohba, entre muitos outros — até então inédito, que revela a faceta variada da cultura e tradição do país e apresenta seus medos e anseios, além de uma perspectiva única sobre temas universais, como a morte, o amor, a inveja e a honra.

Clássicos Japoneses Sobrenaturais

R$89,90
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Autor: Richard Gordon Smith

Traduzido por Alexandre Boide

 

Clássicos Japoneses Sobrenaturais reúne 57 contos com temáticas variadas, que vão desde o sobrenatural — que aborda a interação de seres humanos com monstros, fantasmas, deuses, espíritos de elementos da natureza e animais —, passando por narrativas épicas de samurais e grandes figuras, culminando com o horror que deixou marcas profundas na sociedade japonesa.

Fruto da pesquisa sobre oralidade de Richard Gordon Smith, o naturalista britânico que enxergou a história por trás da paisagem, a obra foi publicada originalmente em 1908 na Inglaterra. Smith, que pisou o solo japonês pela primeira vez em 1898, chegou ao país com o objetivo de coletar amostras da fauna e flora para compor o acervo de história natural do British Museum. No entanto, as ricas lendas e relatos de caráter extraordinário o encantaram de imediato, levando-o a pesquisar e coletar histórias perturbadoras enquanto percorria o país para cumprir sua missão.

O Japão mantivera-se isolado do resto do mundo por mais de 200 anos, durante o xogunato Tokugawa, e havia reaberto seus portos para comércio exterior em 1858, apenas quarenta anos antes da chegada de Gordon Smith ao país. Durante o período de reclusão, o intercâmbio com outros países era bastante limitado, o que fez com que a arte e a cultura japonesa se desenvolvessem praticamente sem influência estrangeira.

Embora o país passasse por uma rápida modernização e a presença de estrangeiros se tornasse cada vez mais comum na época da chegada de Gordon Smith, muitas vezes ele foi o primeiro europeu a visitar certas regiões do arquipélago. Mas isso não o impedia de se comunicar com o povo. Contando com ajuda de intérpretes, ele obtinha os relatos das mais variadas fontes. Camponeses, pescadores, monges e crianças que encontrava em sua jornada compartilhavam com ele lendas regionais, testemunhos de acontecimentos misteriosos que se fundiram com o tempo e transformaram relatos reais, histórias de amor, tragédias familiares e toda a herança mística de seus antepassados em uma forma de realidade mágica cativante.

Sugawara Michizane e imperador Sutoku, retratados em dois dos contos, são personagens da vida real e figuram entre as “três maiores almas penadas” do Japão, que teriam morrido com tanto rancor e ódio no coração que diversos casos de desgraça e tragédias ocorridas depois de suas mortes são consideradas maldição de seus espíritos. Clássicos Japoneses Sobrenaturais apresenta ainda personalidades históricas como os samurais Akechi Mitsuhide e Saigo Takamori, os pintores Maruyama Okyo, Rosetsu e Tosa Mitsunobu e imperadores Engi e Toba.

Gordon Smith, que tinha o plano original de permanecer no país apenas por alguns meses, viveu ali a maior parte das duas décadas seguintes. A obra é uma compilação dos volumosos registros que ele havia feito em seu diário. Em alguns pontos, o autor britânico contesta a conduta de personagens que, do seu ponto de vista, tomam decisões muito radicais. Mas o mais evidente ao longo da obra é a sua admiração pela cultura e pelo senso de valor e honra do povo nipônico.

Um trabalho magistral — inspiração para mestres como Junji Ito, Murakami, Nagabe, Y¿ko Ogawa, Koji Suzuki, Shintaro Kago, Tsugumi Ohba, entre muitos outros — até então inédito, que revela a faceta variada da cultura e tradição do país e apresenta seus medos e anseios, além de uma perspectiva única sobre temas universais, como a morte, o amor, a inveja e a honra.